segunda-feira, maio 23, 2005

Eu até nem gosto muito de falar de futebol, mas...

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Sem grandes surpresas, o Benfica foi campeão, apesar do penalti que será sem dúvida muito contestado (apesar de não haverem, em minha opinião, razões para tal), o Porto não conseguiu a vitória a que estava obrigado frente à Académica. As grandes surpresas da jornada, foram sem dúvida as derrotas do Sporting e do Braga, possibilitando assim a passagem do Porto à Liga dos Campeões.
Uma enorme (e desagradável) surpresa foi a manifestação de uma claque de rapaziada que se entitula "Super Dragões". Foi muito triste ver em directo na televisão que a dois passos de minha casa, na Avenida dos Aliados, se estavam a passar cenas lamentáveis de perseguições e espancamentos a adeptos benfiquistas.
Muito bem, na cidade do Porto, temos maioritariamente adeptos do F.C.P.? Faz todo o sentido. Mas será que isto inviabiliza qualquer possibilidade de haverem adeptos de outros clubes? Parece um pouco surreal, mas foi a impressão que deixaram passar, que vivemos em algum tipo de ditadura desportiva em que não podemos demonstrar apreço por outro clube que não o F.C.P..
Só tenho um nome para isto: excesso de auto-estima, nenhum clube é imbativel, e por esta altura, esses "Super Dragões" já se deviam ter apercebido que aquele senhor que ganhou tudo o que havia para ganhar aquando da sua passagem pelo F.C.P., e que mais tarde, após a sua saída, os mesmos "Super Dragões", demostrando o seu carinho e apreço, lhe cuspiram em cima, esse senhor, chamado José Mourinho, foi o F.C.P. durante esses anos, e que após a sua saída o F.C.P entrou em claro declínio. Mas mesmo após terem perdido o campeonato estes senhores não se aperceberam que seria melhor para todos que se recolhessem às respectivas casas (ou grutas, em alguns casos), e acharam que seria melhor atormentar os próprios conterrâneos que apenas queriam festejar.
Será isto próprio de uma cidade que foi há pouco tempo Capital Europeia da Cultura? A segunda maior cidade do país?
Dizem-nos que o Porto é uma nação, mas não é com atitudes deste género que alguma vez iremos convencer alguém de tal facto, muito pelo contrário, barbáries deste género não têm lugar no mundo civilizado.

Mandasse eu no mundo, e deportava esses "Super Dragões" para o fundo do mar com os pés acimentados.